Toda vez que um ônibus branco e amarelo se aproximava do ponto na Avenida Rio Branco, a aposentada Maria Regina Brito, de 66 anos, redobrava a atenção. O passo seguinte era acompanhar o que dizia no letreiro luminoso. A leitura do número da linha deve ser rápida, porque, em segundos, o 415 some e dá lugar aos nomes do itinerário. A dificuldade de identificar a linha virou problema comum para passageiros, principalmente idosos, após a padronização da pintura da frota e implantação dos letreiros luminosos.
- O que dificulta é quando o letreiro troca. Enquanto isso, você espera para ver o número, mas, nesse tempo, o ônibus pode ir embora - explica a aposentada.
Usuário da linha 184, o médico Carlos Henrique Liquori, de 72 anos, também critica o sistema de identificação das linhas:
- Não sei quem deu essa ideia. O Rio tinha essa característica de cada linha ter um padrão de pintura. Agora (o passageiro) tem que ficar de olha fixo no letreiro.
A artesã Maria Lúcia Damasceno, de 72 anos, que usa a linha 107, admite sentir falta do modelo antigo das frotas.
- Preferia quando cada ônibus tinha uma cor. De dia é pior para ler o número.
A Secretaria municipal de Transportes informou que os letreiros dos ônibus são regulamentados em relação às suas dimensões e localização no veículo. Quanto a alternância de dizeres, o objetivo, segundo a secretaria e o Rio Ônibus, é disponibilizar ao passageiro o maior volume possível de informações. A secretaria garantiu que a tecnologia eletrônica, com LED, melhorou a visualização de dia e à noite.
Fonte: Extra Rio.
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